quarta-feira, novembro 23, 2005

OS MESTRES DE CERIMÓNIA...da festa digital no 1ºaniversário

Os primeiros a entrar, como há um ano atrás, os mestres da electrónica pop, Kraftwerk.

KRAFTWERK em DVD a 5 de Dezembro


É finalmente editado no próximo dia 5 de Dezembro o complemento visual ao álbum ao vivo Minimum Maximum que os Kraftwerk lançaram há poucos meses. Trata-se, como se esperava, do registo de som e imagem da espantosa digressão que em 2004 levaram a palcos de todo o mundo, com duas passagens portuguesas assinaladas em Lisboa, no Coliseu dos Recreios e no Festival Sudoeste. Uma das edições prevê, além dos dois DVDs, a inclusão no pacote dos respectivos registos áudio em CD. No alinhamento dos DVDs econtramos:Disco 1: Meine Damen Und Herren, The Man-Machine, Planet Of Visions, Tour De France 03, Vitamin, Tour De France, Autobahn, The Model, Neon Lights, Radioactivity e Trans Europe Express (com Metal on Metal incorporado).Disco 2:Numbers, Computer World, Home Computer, Pocket Calculator, Dentaku, The Robots, Elektro Kardiogramm, Aero Dynamik, Music Non Stop. E, como extra, a actuação nos MTV Awards de 2003 na qual estearam Aerodynamik.Na carteira de edições dos Kraftwrerk continua, ainda à espera de ordem de lançamento, a caixa antológica Der Katalog, na qual os álbuns editados entre 1974 e 2003, ou seja, entre Autobahn e Tour de France Soundtracks são apresentados com som remasterizado. Além de alguns artworks diferentes, a grande novidade desta caixa é o assumir do álbum Electric Café (1986) como Techno Pop, o seu título de trabalho original.Site oficial

HOMEM MÁQUINA_PARABÉNS A VOCÊ



"Alo, boa noite...este é o Homem Máquina na antena1".
Parece que foi ontem, mas já passaram 365 dias desde a entrada no estúdio para a emissão inaugural do novo manifesto da pop electrónica da rádio.
Um primeiro ano de vida que só pode ser positivo.Afinal, foram cumpridos os seus principais objectivos: informar, divulgar, ouvir, ler, descobrir, dançar, conhecer velhas e novas escolas de som, encontrar linguagens alternativas que ajudaram a contar o melhor da história de 2005.
E tudo aconteceu à luz do gosto e do critério pessoal e assim continuará a ser.Quem aqui entrou e entra, sabe ao que vem.Quem gosta volta de novo e quem não gosta parte à descoberta de outro giradiscos.E assim deve ser.
O programa de autor nasce deste principio.Assumo os grandes amores e os pequenos ódios também, mas estes últimos evito-os, sempre fiél a essa relação da música pop com a electrónica.
Com três gerações.As classes de 80 e 90 como referências de uma nova idade da canção que garantiu duas horas de divulgação diária em horário algumas vezes inconstante e em tantos dias interrompido pela ditadura dos relatos de futebol, concorrentes desta hora.
Importante ponto de contacto foi também este blog que serviu de sala de visitas do programa e onde muitos poderam conhecer os nomes, as figuras e figurões e aqui deixaram sugestões, perguntas e palavras de incentivo.A todos, obrigado!
Sem os vossos olhos e ouvidos, nada aqui fazia sentido.
É a noite de 1º aniversário do Homem Máquina.Os giradiscos vestem de gala para nova emissão depois das 23h.Tal como aconteceu há um ano atrás, serão os Kraftwerk os primeiros a entrar.O resto é desfile de apostas já com todos os sentidos despertos para as distinções para os grandes discos de 2005 e as primeiras chamadas para o plano de edições de 2006.
É o parabéns a você...estamos todos de parabéns!

terça-feira, novembro 22, 2005

DE HOJE A SEXTA FEIRA_23/01H


Novamente em semana de futebol na rádio, os giradiscos não podiam ficar parados, e assim, prometemos tocar mais música nova diferente depois das 23h.
Em véspera do primeiro aniversário do Homem Máquina, a emissão concentra atenções na novidade assinada pelos Interpol, Test Icicles, The Cribs, os novos singles dos The White Stripes e Beck, a operação de reedição do pequeno mas valioso catálogo dos Slowdive (lembram-se?), ainda os novos discos do projecto Rogue Wave e o francês Arthur H, estas últimas apostas diárias nas noites da antena1.Claro(!) há ainda Madonna com aquela que é a actual banda sonora do planeta e hoje há especial guilty pleasure...é surpresa depois da meia-noite.
São os novos amores da canção pop, à escuta da novidade, com pontuais memórias , entre as quais, alguns nomes fundamentais da cartilha electropop de 80.
Amanhã há festa de aniversário e os giradiscos já rodam há doze meses algumas das músicas que transformam as nossas noites e as nossas vidas num espaço mais agradável.Espero eu.

segunda-feira, novembro 21, 2005

NOVA SEMANA DE DISCOS _UM ANO DEPOIS



Impressiona a voracidade do tempo e já lá vão doze meses sobre o começo do Homem Máquina (1º aniversário dia 23 de Novembro) e por aqui passaram nomes e discos que não só são o retrato deste som mais electrónico e do outro que revela o presente da canção pop, como aponta o futuro da música que teima em nascer dos mais poderosos, estranhos e vanguardistas laboratórios da criação electropop do século XXI.
Esta semana o mapa de emissões do HM estabelece 5 programas em horários diferentes em virtude da presença, em programação, das noites europeias da bola, e assim, hoje (21) e Sexta Feira (25), emissão em horário habitual (20/22h) e restantes dias entre as 23(!!) e a 1h da manhã.
Em noite de chegada a nova semana de emissões, os destaques estão com os novos discos dos Rogue Wave, o francês Arthur H, o novo álbum de originais dos noruegueses A-ha, as primeiras apresentações dos Artic Monkeys e Test Icicles, a operação turntable por uns Birdy Nam Nam, ainda e sempre Madonna com belo disco de espelhos para pistas de pop borbulhante e a memória dos dias de 80 com a passagem dos Eurythmics e Human League.


Algumas das novas apostas:

Rogue Wave, Descended Like Vultures

Em menos de um ano os Rogue Wave editam dois belíssimos álbuns de canções pop. Neste segundo disco tentam, todavia, um passo adiante da petição de princípios que era o elegante Out Of The Shadow. As canções nascem da mesma fonte, plenas de referências clássicas nas entrelinhas, mas desta feita respiram uma eloquência instrumental mais evidente, trabalhadas com mais instrumentos e evidente desejo de ir mais longe… Mais uma vez satisfazem e mostram como há ainda beleza a descobrir nas coisas simples, mesmo se maquilhadas com um pouco mais de som.

Artur H, Adieu Tristesse

Apesar da abertura assegurada por nomes como os Air, Etienne de Crecy, Cassius e outros mais, muita da actual música francesa continua a não chegar aos nossos ouvidos. Por isso convém chamar a atenção de todos para um dos mais espantosos discos do ano em terras de França: Adieu Tristesse, o novo do já veterano Arthur H.Ele é um cantautor vesátil, com discos editados desde 1989, numa obra que de si fez já um dos mais reconhecidos autores de um espaço que é habitualmente rotulado como nouvelle chanson. Adieu Tristesse é o seu magnífico décimo álbum de originais e, claramente, o seu maior feito musical até à data. O disco respira as paixões há muito óbvias na obra de Arthur H (Serge Gainsbourg, Tom Waits e um gosto pelo apelo de urgência do it youself apreendido com os Clash), mas resolve-as de uma forma completa e mais pessoal que nunca. Além destas pistas, convoca ainda colaboradores como Feist (num dueto que reinventa uma canção de Eric Satie), M e Jacques Higelin. O álbum sublinha o seu reconhecido gosto pelo teatro e pela poesia. É feito de espaços, de sons e palavras que se cruzam em fabulosas canções. Sussurrante na voz grave, ora falada ora cantada, Arthur H passeia-se por canções texturalmente ricas em acontecimentos, com momentos maiores em pérolas como o tema-título, Ma Dernière Nuit À New York City, The Lady Of Shangai ou Est’ce Que Tu Aimes… O CD inclui um DVD com uma entrevista, um making of do álbum e o teledisco de Est’ce Que Tu Aimes.No site oficial há uma biografia completa, discografia e sons para descobrir este e outros álbuns.Por cá a eventual edição deveria caber à Universal... Que deverá está muito ocupada com os seus Bons Jóvis e Bryanes Adams do costume, e não tem certamente tempo a perder com estas coisas francesas.

sexta-feira, novembro 11, 2005

A FEBRE DA SEXTA FEIRA À NOITE_A GRIPE DOS GIRADISCOS

Está no fim mais uma semana de emissões do HOMEM MÁQUINA, e a poucas horas de mais um encontro virtual na rádio para a escuta dos sons que contam a história de 2005.Nomes e discos, que somaram entusiasmos ao longo de um ano de rara quantidade e qualidade.As apostas do HM na novidade e na prova de confirmação sonora de alguns que há muito frequentam as set lits dos programas do rapaz Herberto.
Hoje há espaço alargado para a divulgação de personagens e canções que serão motivo de manobra editorial no inicio de 2006 como os Protocol, White Rose Movement, Shout Out Louds e Every Move A Picture.Do banco de memórias da classe de 80, recuperamos esta noite os Arcadia (Election Day, single de 1985), os Depeche Mode (histórico Personal Jesus, single de 1989) e ainda o novo single e inédito de promoção à nova edição best of de uns Eurythmics.
Madonna é grande atracção para o circo da música pop que tem assinalável êxito entre muitos dos meninos e meninas (alguns bem crescidos ouvidos do programa) e hoje assegura aqui na antena1 nova dose dupla de revelação do novíssimo álbum Confessions On A Dance Floor...à escuta estão os temas Sorry e Forbidden Love (1ª e 2ª hora, respectivamente).
Nos giradiscos HM vão rodar ainda os novos discos dos Soulwax, finalmente o primeiro registo de uns Birdy Nam Nam, ainda o volume da norueguesa Annie para as edições Dj Kicks e...com bandeira nacional ouçam aquele que é a nossa escolha para grande disco pop nacional do ano: Our Hearts Will Beat As One de David Fonseca.Como pitéu gastronómico dessa nouvelle cuisine francesa há esta noite regalo através de uma primeira escuta do novo disco de Arthur H, Adieu Tristesse, talvez o melhor disco da colheita da classe pop francesa em 2005.
A Máquina está pronta e o Homem toca mais depois das 8.Beijo e bom fim de semana!

quarta-feira, novembro 09, 2005

MADONNA_EM NOITE DE ESTREIA


Cedo foi possível ver na Internet (via site oficial de Madonna) o teledisco de Hung Up. Dirigido por Johan Renck — que, em 1999, dirigira o clip «japonês» de Nothing Really Matters —, Hung Up é uma espécie de celebração global que cumpre uma regra de ouro do universo formal de Madonna: sublinhar o contraste entre a universo solitário da protagonista e o apelo comunitário da sua música.Neste caso, Madonna, vestida de rosa escuro, começa por ensaiar a sua dança num ginásio, ao mesmo tempo que vão emergindo diversos grupos (um deles de crianças) que mimam e reinventam a sua canção, integrando de forma inesperada e irónica alguns signos remotos dos tempos heróicos da breakdance. Com o evoluir do teledisco, a protagonista desdobra-se numa figura de negro que avança pela noite dentro e se vai integrando numa celebração de grupo, embora sem perder a sua duplicidade.Na versão do teledisco (5m 32s), mais longa que a já conhecida «radio edit» (3m 25s) de Hung Up, a passagem das sequências de abertura para a apoteose final é feita por um intermezzo visual e sonoro em que o reforço dos graves vai a par de uma admirável utilização das imagens em câmara lenta. Resumindo, Madonna vem reocupar a linha da frente da actualidade mediática, num gesto de «roubo» exemplar: as marcas visuais de muito hip hop são, aqui, devolvidas à sua sensibilidade mais primitiva e, ao mesmo tempo, reaplicadas na celebração de um ritual puramente pop.
Na semana passada Lisboa foi a capital do mundo pop e recebeu os prémios europeus da MTV e, ainda a propósito da diva, esta apareceu entre os muitos cromos da caderneta de heróis (menores) de 2005, mas todos os olhos e ouvidos se concentraram na emissão televisiva e até a rádio (antena3 e antena1/açores tiveram honras de exclusivo nacional) levou as canções e as histórias do grande circo montado no Pavilhão Atlântico. Tudo correu bem. Produção espantosamente eficaz. Emissão como se desejava.Madonna, a abrir, esmagou a concorrência e assinou o momento da noite. Os Gorillaz, mesmo virtuais, foram também dignos dos elogios de um pavilhão onde, espantosamente, havia espaço para muito mais gente, cadeiras vazias entre os vipes (uns ausentes, outros, muitos, no bar) e espaço enorme por encher na plateia. Enfim... coisas que um promotor de espectáculos não faria da mesma maneira! As restantes actuações... para MTV ver. E está tudo dito, que o entusiasmo musical, a modernidade, a criatividade, não moram hoje, decididamente, por ali.


Esta Quinta Feira, no HOMEM MÁQUINA o grande prémio é a revelação do novo álbum de Madonna.Confessions On A Dancefloor assinala o regresso da senhora e hoje tocamos 2 temas inéditos (que não o actual single) do novo disco que tem edição mundial prevista para 14 de Novembro.Uma prenda para os fãs da cantora que desta vez aponta baterias ao mercado europeu com o ressurgimento da receita disco pop de uns Abba ou de uma Donna Summer de finais de 70, mas agora com produção digital capaz de transformar um disco numa viciante proposta para descobrir primeiro nas noites internacionais da antena1.

2005_O ANO DO GIRADISCOS ELECTRÓNICO.E o que vão ouvir esta Quarta Feira?



Noite de regresso é sempre noite especial.Esta semana com três emissões asseguradas, entre as 8 e as 10 da noite, o tempo de antena para discos novos dessa canção de perfil mais electrónico.
Esta Quarta Feira o giradiscos passa primeiro o novo álbum dos Boards Of Canada (The Campfire Headphase) e entre as novas apostas das noites da 1 estão os Soulwax (Nite Versions, disco de remisturas sobre o anterior registo do projecto britânico), a estreia do chileno Pier Bucci (álbum Familia e belo disco de electrónica elegante e cheia de carisma para um dos nomes de exportação da nova música da América Latina), a norueguesa Annie (chega com o seu volume das edições DJ Kicks) e, entre as apostas está o novo registo do trompetista norueguês Nils Petter Molvaer (Er assegura a continuação da aventura do músico de jazz na exploração de territórios junto de outros géneros como a electrónica).
Entre a produção nacional, hoje o destaque vai para os The Gift, Post Hit e o novo disco e segundo álbum a solo de David Fonseca.A abertura, ao som de Who Are U?, agrada, mas engana. Parece estarmos em terreno de evidente continuidade. Uma balada bem desenhada, nocturna, dramatizada pela voz, dispensando a estrutura convencional da canção, mas remetendo-nos directamente para a herança dos Silence 4 e da estreia a solo de há dois anos, mesmo que sob regime mais exigente. A segunda canção não contraria a tendência. Mas é à terceira faixa que compreendemos que as duas primeiras não foram mais que o encerrar de um ciclo. Cold Heart é filigrana minimalista feita canção pop. E, pela sua frente, seguem-se alguns outros magníficos surtos de intensidade e fibra. Ainda parecendo tactear com cautela a definição do novo espaço, entre o dosear das baladas e o desejo em libertar energias, o álbum projecta uma nova dinâmica na música de David Fonseca, solta eventuais espartilhos e, sem romper com o seu passado, caminha em frente. É um disco de belíssimas canções, suportado por uma voz segura, arranjos que não afogam, e dominado pelo prazer da descoberta de um mundo novo. E, pela primeira vez, com um alinhamento contido no tempo: 11 canções! É o suficiente, convenhamos… A fechar, uma canção em português, na qual a novidade não é, necessariamente a língua (afinal, David Fonseca já o faz desde a estreia dos Silence 4 em 1998). A estrutura da canção é desafiante, e a adopção de discretas teclas, cruzadas com uma sugestão sinfonista e de uma estrutura rítmica mais intensa, progressiva, alimenta mais ainda o sabor a ousadia que, discreta, mas solidamente, faz deste disco o momento de afirmação do que o músico agora procura, como se fosse o primeiro dia do resto da sua vida… O melhor disco pop nascido entre nós este ano.
Passagem também hoje por outros nomes emergentes da canção electro pop como os Norken e o chileno Matias Aguayo.Tocam outros alunos da escola pop rock de 2005: Every Move A Picture, Stellastarr, Bloc Party, The Rakes e os Protocol, este, mais um nome para juntar a uma multidão de novas bandas rock que prometem fazer de 2005 um ainda mais evidente palco de manifestação actual do suculento legado pós-punk. Reúnem cinco rapazes na casa dos vinte-e-pouco chegados de várias localidades inglesas, mas com base de trabalho em Londres. Assumem-se admiradores dos Sex Pistols, Madonna, Depeche Mode, David Bowie, Roxy Music ou Blondie e acabaram de fazer as primeiras partes de uma digressão dos The Bravery. Em Outubro editaram o single de estreia She Waits For Me, que às referências acima citadas junta Joy Division e Duran Duran… Para inícios de 2006, na Polydor, editam o álbum de estreia The Rules Of Engagement.As canções do single de estreia podem escutar-se no seu site oficial

terça-feira, novembro 08, 2005

HOMEM MÁQUINA_LUZ VERDE PARA OS GIRADISCOS QUE VOLTAM A PASSAR MAIS MÚSICA NOVA DIFERENTE(!!)

Há momentos importantes na vida de um radialista, e um destes é a formação na área da técnica vocal ou da terapia da fala.Nem calculam o que podemos afinal nós fazer com a voz depois dos exercicios mais correctos...Depois de duas semanas de ausência, entre dias de aulas para vozes experimentadas e outros tantos com tempo de antena para jogos da bola, preparamos o regresso do Homem Máquina com direito a 3 emissões já esta semana.Amanhã dia 9, Quinta e Sexta Feira são datas confirmadas e chegam com novidades (!!) e ainda algumas reposições de registos fundamentais de um ano quase a chegar ao seu fim.
Os giradiscos estão prontos...e a voz colocada para contar o que interessa saber dessa música diferente de colheita electrónica (às vezes vintage) e com vontade de contagiar gostos e ouvidos que se juntam cada vez mais nas noites internacionais da antena1.